“Masakatsu Agatsu – A verdadeira vitória é a vitória sobre si mesmo”.
“O Aikido não deve ser somente uma técnica para combater o inimigo ou derrotá-lo. Ele deve ser um meio de reconciliar o mundo e transformar a humanidade em uma grande família”
O’Sensei Morihei Ueshiba (1883 ~ 1969)
Fundador do Aikido.
Morihei Ueshiba nasceu na província de Watayama, Japão. Decidiu, em tenra idade, começar a adestrar seu corpo para as Artes Marciais. O criador do AIKIDO, que direcionou também sua atenção à disciplina espiritual e ao exercício mental, se decidiu originalmente, como todos os demais, a adestrar-se unicamente no plano físico.
Praticou quase todas as Artes Marciais existentes, começando com o Kitoryu Jiujutsu, Yagyu-Ryu, Hozoni-Ryu e finalmente o Daito-Ryu. Tudo aquilo que lhe pareceu conveniente, ainda a ginástica de aparatos, Judo Kendo, Esgrima de Baionetas, estudou e praticou conforme as oportunidades. Viajava de cidade em cidade buscando mestres nas Artes Marciais. Durante seu período de adestramento, buscando demonstrar máxima cortesia com seus mestres, encarregava-se até de preparar-lhes a comida. Uma vez começada a prática, se dedicava totalmente a ela.
Foi voluntário na guerra com a Rússia (1904/1905) lutando na frente de combate e provando, praticamente, o domínio das Artes Marciais e sua fortaleza física. Munido somente de um Bokken (espada de madeira usada para treinamentos), percorreu todo o Japão e cada vez que achava alguém de maior destreza, parava ali como discípulo até ter aprendido tudo o que o mestre poderia ensinar-lhe e logo continuava a caminhada. Chegou a ser o homem mais competente do Japão em Artes Marciais.
Quando se achava a ponto de realizar suas aspirações, começaram a surgir em sua mente certas dúvidas, não sobre uma das Artes Marciais em particular, senão que acerca de todas em geral. Ao derrubar os outros manualmente ou por meio de armas, ou lutar e vencê-los, de que servia tudo isso em última instância? Perguntava a si mesmo: Se isso é tudo o que de valor tem as Artes Marciais para nós, qual é o seu valor real?
Você talvez possa subjugar a outro, porém, pode não ser capaz de controlar sua mente à vontade, o vencer a outros não lhe trará nenhuma felicidade duradoura. Sua vaidade cairá satisfeita, mas, em que beneficia ela a humanidade em geral? Uma vez implantada esta dúvida, conduziu a muitas outras e por fim a intermináveis meditações com respeito a todas as coisas.
As artes marciais não empregam a força bruta para derrubar a outros, nem armas letais que levam o mundo à destruição. As verdadeiras artes marciais, sem lutas em absoluto, regulam o KI da natureza, do universo, cuidam da paz do mundo. Progridem e guiam até a maturidade tudo o que existe. Por tudo isto, o adestramento marcial não é aquele que tem como propósito primário derrotar aos demais, e sim a prática do amor a Deus, dentro de nós mesmos!